Praça pública numa manhã de segunda-feira durante setembro. Eu, a mesa, os pombos e uma planta exótica; momento perfeito para ímpetos e conversas... ein? Falta o ouvinte? Bobagem.
Eu - Deu uma vontade de correr agora... Eu também - Para quê? Vai ficar cansado a toa. Ainda eu - Duzentos e setenta e quatro, duzentos e setenta e cinco, duzentos e sessenta e... Ein? O que você disse? Eu - Estou com vontade de correr. Ainda eu - Por quê? Eu - Sei lá. Ainda eu - Então corre, ora bolas. Mesa - Ele está com vergonha. Eu também - E com razão. Eu - Não é bem isso. Ainda eu - Vocês me fizeram perder a conta. Mesa - Estava contando o quê? Ainda eu - Quantos passos esse pombo dá antes de ir embora. Pombo 1 - Que grosseria... Ainda eu - Não que eu queira que ele se vá. Eu - Mas suas palavras foram bem inconvenientes. Eu também - Falar a coisa certa na hora certa é uma arte, sabia? Eu - Não sou artista, quero correr. Planta exótica - Chega com isso, não fala em outra coisa! Nós todos - Ninguém pediu sua opinião! Pombo 2 - Que grosseria... Mesa - Grosseria é intrometer-se nos assuntos alheios. Eu - Isso é costume do Tom. Planta exótica - Nunca gostei muito dele... Nós três e a mesa - Cala a boca! Planta exótica - Não estou mais falando. Pombo 3 - Que grosseria... Tom - Qual a lógica desses pombos? Nós três, a mesa, os pombos e a planta exótica - ??????? Eu - Não o vi chegar. Tom - É que deu uma vontade de correr por aqui. Nós três - Que ridículo.
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enviado por César as 22:17

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